sexta-feira, 4 de maio de 2012

História da energia solar

Os primórdios da História da energia solar estão marcados pelas descobertas por acaso.
O efeito fotovoltaico foi observado em 1839 por Alexandre Edmond Becquerel, um físico francês que observou o paramagnetismo do oxigênio líquido. Enquanto ele conduzia experiências eletroquímicas por acaso notou eletrodos, ao serem expostos à luz de platina ou de prata, davam origem ao efeito fotovoltaico. Na sequência desta descoberta, Adams e um aluno desenvolveu em 1877 o primeiro dispositivo sólido de foto produção de eletricidade, um filme de selênio depositado num substrato de ferro em que um filme de ouro muito fino servia de contacto frontal. Este dispositivo apresentava uma eficiência de conversão de aproximadamente 0,5%.

Charles Fritts duplicou essa eficiência para cerca de 1% uns anos depois construindo as primeiras verdadeira células solares, construindo dispositivos assentes igualmente em selênio, primeiro com um filme muito fino de ouro e depois um "sanduíche" de selênio entre duas camadas muito finas de ouro e outro metal na primeira célula de área grande.


Não foram as propriedades fotovoltaicas do selênio que despertavam a imaginação da época, porém, mas sim a sua fotocondutividade, ou seja, o fato de a corrente produzida ser proporcional à radiação incidente e dependente do comprimento de onda de uma forma que o tornava muito atraente como medir a intensidade da luz em fotografia. Estes dispositivos encontraram a sua primeira aplicação nos finais do século XIX, de fato, pela mão do engenheiro alemão Werner Siemens que os comercializou como fotômetros para máquinas fotográficas.



Embora tenha sido Russel Ohl quem inventou a primeira solar de silício, é considerado que a era moderna da energia solar teve início em 1954 quando Calvin Fuller, um químico dos Bell Laboratories em Murray Hill, New Jersey, nos Estados Unidos da América, desenvolveu o processo de dopagem do silício. Fuller partilhou a sua descoberta com o físico Gerald Pearson, seu colega nos Bell Labs e este, seguindo as instruções de Fuller, produziu uma junção p-n ou díodo mergulhando num banho de lítio uma barra de silício dopado com um elemento doador electródico. Ao caracterizar eletricamente a amostra, Pearson descobriu que esta exibia um comportamento fotovoltaico e partilhou a descoberta com ainda outro colega, Daryl Chapin, que tentava infrutiferamente arranjar uma alternativa para as baterias eléctricas que alimentavam redes telefônicas remotas.


As primeiras células fotovoltaicas assim produzidas tinham alguns problemas técnicos que foram superados pela química quando Fuller dopou silício primeiro com arsénio e depois com boro obtendo células que exibiam eficiências recorde de cerca de 6%.

A primeira célula solar foi formalmente apresentada na reunião anual da National Academy of Sciences, em Washington, e anunciada numa conferência de imprensa no dia 25 de Abril de 1954. No ano seguinte a célula de silício viu a sua primeira aplicação como fonte de alimentação de uma rede telefónica em Americus, na Geórgia.



Feito por Joarez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário